terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Do livro" Lotta di Classe e Karma"

"Quem queira descobrir o adversário da Sociedade, o ser injusto, o prepotente, o aproveitador do próximo, deve olhar para si mesmo.
Verdadeiro homem é aquele que acusa a si mesmo, que contesta a si mesmo, que sabe descobrir a origem da injustiça social em si mesmo, perceber em si o germe do mal que o imediato conhecer lhe mostra no mundo.
Se quer transformar o mundo, sabe que deve operar em si mesmo, começar pretendendo de si aquilo que quer da sociedade. A sociedade é ele. Isto não é idealismo ou misticismo, mas realismo, porque apela à realidade do Karma."


Massimo Scaligero, do livro “Lotta di classe e karma” ,
trecho colhido do texto “Il prossimo tuo” de L.I.Elliot,
na revista digital antroposófica “L’Archetipo”, janeiro de 2013.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Os desesperados

“Os desesperados são aqueles que verdadeiramente podem se salvar, vencer, ressurgir e fazer da sua vida uma criação nova, um holocausto, conhecendo a lei prometida pelo Logos, a lei do milagre. Eles não procuram álibis para o próprio mal, não querem codificações da sua queda: são desesperados porque incapazes de enganar a si mesmos, ou drogar a si mesmos. Na realidade eles ainda dispõem de um pensamento são, que procura a própria luz na escuridão: procuram a fonte salvadora do pensamento, a real disciplina do pensamento que pensa.”
(Massimo Scaligero em Meditação e milagre – Ed. Mediterranee, Roma 1988,p.15 – sem tradução no Brasil.)

“I disperati sono coloro che veramente possono salvarsi, vincere, risorgere e fare della loro vita una creazione novella, un olocausto, conoscendo la legge promessa dal Logos, la legge del miracolo. Essi non cercano alibi al proprio male, non vogliono codificazioni della loro caduta: sono disperati perché incapaci di ingannare se stessi, o drogare se stessi. In realtà essi ancora dispongono di un pensiero sano, che cerca la propria luce nell’oscurità: cercano la fonte salvatrice del pensiero, la reale disciplina del pensiero che pensa.” ( Massimo Scaligero em Meditazione e miracolo – Mediterranee, Roma 1988, p. 15).

retirado do site www.ospi.it - Osservatorio Scientifico Spirituale, aba "corrispondenza"

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Um dia



“Um dia será possível mostrar como o surgir do pensamento científico não tivesse tanto a finalidade de produzir uma civilização da máquina, quanto a de criar o órgão de ação espiritual para um novo tipo humano”

Massimo Scaligero, Graal

(texto extraído de L’Archetipo de janeiro de 2012, revista virtual de inspiração antroposófica, presente em www.larchetipo.com )



«Un giorno sarà possibile mostrare come il
sorgere del pensiero scientifico non avesse
tanto lo scopo di produrre una civiltà della
macchina, quanto di creare l’organo di azione
spirituale per un nuovo tipo umano».
Massimo Scaligero, Graal

terça-feira, 11 de setembro de 2012

A correlação objeto pensamento


Os objetos e os estímulos do mundo exterior parecem preceder o pensamento. Mas é necessário estar acordados para entender como aqueles se dão para um sujeito perceptor que vai ao encontro deles através de veículos, ou órgãos, os quais não estão ali por conta da sua correlação com os objetos : esta relação não é necessária para eles, por conta deles serem estruturalmente um único mundo com àqueles. Para quem saiba olhar, os processos físicos próprios aos órgãos da percepção, não tem nada a ver com aquilo que eles transmitem ao sujeito da percepção.
A correlação na verdade é a correlação para o Eu, sem o qual não seria nada, refletindo a alteridade necessária a ele, para que a imediata animadversio na qual ele começa a se fazer presente se torne autoconsciência e continue. A correlação é o movimento do pensamento, que se torna consciente somente lá onde se torna reflexo e abstrato.

Trecho do ítem 16 do livro "Tratado do Pensamento que vive" (Trattato del Pensiero Vivente) - Massimo Scaligero

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O espelho da individualidade

A instância do individual floresce no delinear-se do princípio puro de autonomia e de coragem em relação à esfera determinada da dialética e das razões sencientes. A formação do conhecimento passa sim através do momento dialético, mas já distingue uma virtude criadora que se desvincula de qualquer necessidade refletida nela. Um tal redimir-se da consciência floresce como pura vida em um perene ímpeto da vontade.
A prova é a superação absoluta do elemento pessoal-egóico; o asceta verdadeiro é aquele que se dá a regra por si mesmo, mesmo em um mundo onde não exista mais nenhuma regra. O ato é a forma volitiva da Luz, é o caminho é a vontade que faz de si mesma um poder de doação ilimitado. A celebração de um tal mistério é o começo da re-ascensão, a dissolução da milenar imbricação da alma com a animalidade humana: é a alvorada depois das trevas sem tempo, sempre reaparecida. O mondo objetivo cessa de ser o espelho da eventual personalidade; o Eu surge como chama que faz de todo o seu ser o arder inexaurível até o Guardião do Limiar. O corpo ressurge, porém não mais substanciado pela animalidade humanizada, mesmo se tornada luminosa pelo éter, mas como um ato volitivo de liberdade e Amor. É o poder oculto do Graal para esta re-ascensão, que é em verdade Ressurreição .
O mundo objetivo então assume o papel de espelho da nascente individualidade: Cada ser revela a causa metafísica que o impeliu para a criação, assim a soma das coisas e dos seres criados se torna para o Eu matéria do seu erigir-se e reconhecer-se como centro de origem de tudo.
A forma como se apresenta o ser não constitui um estado de fato irreversível, mas algo de contingente, de transmutável continuamente, dependente do Eu. É necessário superar a instância provisória do ser mediante o qual aparece o mundo.
A absoluta independência desagrega a unidade provisória do real para recriá-la sob o seu signo: a exigência profunda do individual se afirma no contrapor-se do movimento puro da vontade e de liberdade ao mundo fenomênico.
Tudo isto que aparenta possuir em si um fundamento, na realidade tem em mim um fundamento que eu suponho. Não existe uma realidade que seja independente fora de mim, porque esta independência eu a concebo e lhe dou valor. Se eu reconheço que alguma coisa não depende de mim, então reconheço que depende do outro, não porque as coisas sejam realmente assim, mas porque a segunda possibilidade é o desenvolvimento lógico da primeira: se uma coisa não depende de mim, eu dependo dela, porque me falta o poder através do qual ela surge diante de mim como algo existente. A tarefa é cumprir aquilo que se apresenta como privação, mal, insuficiência: preencher os abismos do não-ser, superar as divergências humanas.
De uma carta para um aluno, setembro de 1974

Massimo Scaligero

O original em italiano encontra-se em:
“l’Archetipo” - set 2007

domingo, 13 de maio de 2012

Biografia

Massimo Scaligero, pseudônimo de Antonio Massimo Sgabelloni (Veroli, 17 de setembro de 1906 - Roma, 26 de janeiro de 1980) foi um filósofo e ocultista italiano.

Formado em ciências humanas,as integrou com um conhecimento lógico-matemático e filosófico, e com uma física prática e empírica. Através de estudos e experiências pessoais identificou as diretrizes de uma realidade original de pensamento para demonstrar a futilidade do discurso dialético. Estudante de Nietzsche, Stirner e Steiner, chegou através do Yoga e do estudo de doutrinas orientais, a uma síntese pessoal que lhe deu oportunidade de reconhecer no Ocidente o significado oculto do Hermetismo e a importancia de um ensinamento perene,que conduz à “Fraternitas” dos Rosacruzes.

Foi um dos maiores seguidores das idéias de Rudolf Steiner e ajudou a aumentar a conscientização e disseminação na Itália da Ciência do Espírito. Um elemento essencial da contribuição de Scaligero para a Antroposofia é a indicação constante do Caminho do Pensamento como uma atitude teórica e prática para o desenvolvimento da personalidade de cada um -,portanto do Eu - que ele, na obra “Técnicas de concentração interior” descreve assim: "O homem conhece, e de alguma forma domina o mundo através do pensamento. A contradição é que ele não conhece nem domina o pensamento. O pensamento permanece um mistério em si mesmo. A filosofia, a psicologia, são alimentadas por ele, mas, desde quando existem, não parecem ter entendido o significado de seu movimento, o conteúdo final do processo lógico, do qual usufruem para as suas estruturas dialéticas. Elas acreditam que o pensamento seja a dialética, coincida com a dialética nasça e termine como dialética. Para efeitos de conhecimento, a objetividade exterior surge como um sistema de valores na consciência humana, mas esta esquece de estabelecer o fundamento daquela e determinar a objetividade como conceito, antes de ter a consciência dialética deste conceito. Logicamente, o homem sabe o que é um conceito, mas ignora o que ele seja como força e e como nasça e qual o seu poder de realização no real: o que é mais do que seu aparecer na lógica dialética: é o próprio poder da vida "

Seguindo o exemplo de Rudolf Steiner, fez da própria existência testemunho vivo de sua interior, Crística escolha espiritual, consagrando-se à ascese do pensamento por um lado e por outro, a ajuda contínua, coerente e justa para com todos aqueles que o procuravam para pedir ajuda com os mais diversos problemas.

Nos últimos vinte anos de sua vida, ele manteve reuniões regulares em uma casa romana. Os relatos desses encontros, onde se desenvolviam temas referentes as questões levantadas pelos presentes, estão sendo publicados na revista Graal (Tilopa editora, Italia), e começam a aparecer também na Web, até mesmo em sites de vídeo como o YouTube.

Ele sempre insistiu que o conteúdo perene, essencial, espiritual da Tradição não deve ser confundido com a sua forma, que muda de época para época. A este respeito, lemos na introdução de seu livro "Tradição Solar": "O homem moderno não pode mais contar com as técnicas ascéticas do passado, sejam de yoga, místicas ou esotéricas. Essas técnicas se baseavam na memória ou nostalgia do Divino, que era visto "acima" do mundo, de modo que ajudavam o asceta antigo a se libertar da experiência dos sentidos. Graças a um longo percurso interior, surgido paralelamente com o Buda no Oriente e no Ocidente com Sócrates, até a afirmação do pensamento matemático-físico moderno, hoje o homem pode experimentar em sua própria interioridade que a força formativa do conceito, a mesma que conecta pensamento a pensamento, é o princípio espiritual da sua auto-consciência. O reconhecimento do poder de objetividade do pensamento, livre das limitações dos sentidos e do karma, é o primeiro passo do ascetismo dos novos tempos.”

Até 1978 ele foi editor da revista "Oriente Ocidente" e membro do Instituto para o Oriente Médio e Extremo (IsMEO - desde 1996 IsIAO: Instituto Italiano para a África e Oriente), fundado pelo filósofo Giovanni Gentile e pelo orientalista Giuseppe Tucci.


(fonte: wikipedia )

sábado, 12 de maio de 2012

O ABSOLUTO EXPERIMENTADOR DA LIBERDADE



O Absoluto está ativo lá onde o homem age de acordo com a pura vontade do Eu. Aquele que atua a lei do Absoluto, no existir se torna idêntico ao Absoluto. Se torna dominador da Lei: é livre: o seu centro consciente coincide com a que nele o faz ser, enquanto absoluto: a imanência do Divino se torna vida nele. A Luz se torna Vida. A Luz da Vida é Amor. O Amor é o perene absolutizar-se da Vida.
O surgimento de uma chama sempre mais vasta, quanto mais pura ela seja, responde ao querer sempre mais abnegante do Eu. A própria extinção é para o Eu o crescimento da própria força. Poder absoluto de uma liberdade que nasce do ser divino do Eu: quando o Eu tiver extinguido toda dependência do terrestre, mesmo estando e experimentando nas categorias terrestres, querendo-se nestas e não recusando a identidade, então brilhará como sua absoluta liberdade, como arbítrio absoluto, o seu ser divino.
Mergulhar na profundidade indizível, no absoluto deserto da transcendência, na essência nua de si, significa encontrar a imanência radical do Eu, o princípio da libertação sepultado na fisicidade corpórea. Mas qual relâmpago pode golpear tal pedra, se não aquele que emana do esgotamento humano? Que devolve à mineralidade a sua função primordial,
Sinal abismal da pureza original? A direção é aquela da máxima Luz além da cortina da máxima escuridão.
A “ressurreição” é então o tema, o absolutamente novo, o inesperado sacrifical, o que não tem nenhuma semelhança com o passado e mesmo assim contém tudo, não deixa nada de fora, e ao mesmo tempo é o imenso inesperado, infinitamente cognoscível, infinitamente habendum. A máxima doação é então imediata, fácil: o máximo sacrifício, o mais difícil, o mais desumano, se torna fácil, humano: está todo contido em um ato só. A ressurreição: o crescer na vida nova, como num mundo que nunca esteve no tempo. É o ato de cooperação universal.
Para aquele que atua este ser livre, o oposto – qualquer que seja sua natureza – desaparece: é absorvido nele ou cessa de existir: o âmbito de tal estado mágico é puramente formal: é o elemento puro da indeterminação, onde domina o ente mais livre das determinações, aquele cujo ser se torna lei para o outro. Surge transcendentalmente o princípio criante como momento da absoluta incindicionalidade: é necessário compreender tudo, não ser condicionado por nada, querer tudo em si, cada ser em si, cada ser em si, de modo que cada ser se sinta levado, ajudado a ser, a exprimir, a se alegrar por causa deste íntimo surgimento, no qual brota o querer libertador do absoluto experimentador da liberdade. Este querer é um poder do Amor infinito que conduz cada ser para sua realidade original: restabelece a harmonia, a poesia, o acordo.

Massimo Scaligero –
de uma carta à um discípulo em janeiro de 1975
o original em italiano encontra-se no site www.larchetipo.com revista mensal de inspiração antroposófica, setembro de 2008.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Do Amor Imortal

" A mineralidade é o Espirito interrompido no seu ressoar: o som originário inverso. Mas as formas visíveis da vida não são o Espírito que ressurge, mas o Espírito que desce ainda mais na mineralidade, até poder construir no homem o instrumento para o seu ressoar ao nível da mineralidade. Onde nas palavras, revivendo o pensamento, este flua como força de ressurreição"

Massimo Scaligero, Do amor imortal, publicado no L'Archetipo de outubro de 2009

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Segredos do espaço e do tempo

O corpo reencontra seu tempo, a alma seu espaço, que é para a corporariedade o tempo lá onde se torna ritmo formador de vida. Na realidade, o segredo é entrar no espaço que se imagina, não se vê.

Massimo Scaligero, Segredos do espaço e do tempo, em L'Archetipo de junho 2011.

sábado, 5 de maio de 2012

Luz além das trevas

O texto original em italiano encontra-se no site : www.larchetipo.com - revista mensal de inspiração antroposófica – edição de agosto de 2005.

O calor da alma é o sinal da vida na matéria vivente: o derreter da neve na grande geleira da alma. E é um mar de luz que se torna calor até a incandescência que queima sem suprimir a vida, porque é mais que a vida. É mais que a vida, porém tem necessidade de um veículo anímico para fluir pura no sangue (meditação da rosacruz) como, luz que eteriza o sangue: lá onde, apanhado pelas forças do querer animal, se torna calor dos instintos ativo até o pensamento. Onde o pensamento se livra dos sentidos, derrete a vida do calor dos sentidos, e este calor sempre será solicitado à pura relação do sangue com o Eu, ao invés de solicitá-lo à ligação da vida com a esfera dos instintos, ou seja, com a natureza animal.
É verdadeiramente necessário encontrar a Luz: reencontrá-la, porque em volta só existem trevas. A Ísis-Sophia é a reação da Luz, o reaflorar do antiquíssimo som. É a evocação de uma força mais essencial que o pensamento. Se vê então a essência do pensamento que suprime todos os invólucros através dos quais se chega nela: a essência como realidade primeira, que devora cada energia ou matéria para recriá-la: vórtice puro, vazio mais que o vazio. È a essência do pensamento como essência atômica, como ponto no qual o poder do Eu está no pensamento, porém extingue o físico, etérico, astral, como puro centro criativo.
É necessário conhecer a barreira poderosa da escuridão vencida pelo Logos, para entender com qual potência de ímpeto deve ser encontrado o centro-raio da Força. Além de tudo. Além de tudo, se pode levar até o fim a corrente da coragem e da vitória.
O segredo de cada vitória é encontrar a inspiração do Logos através de tudo. Tudo é duro, difícil, às vezes desagradável, tirando raras gratas operações do dia: mas tudo se torna fácil, superável, desimportante diante do esplendor do Logos. É necessário encontrar a força das co-relações além de tudo, em cada momento. Reencontrar o centro de cada coisa, ou a sua essência, o seu conteúdo espiritual, é o segredo para não ser tragado ou ferido.
As asperezas se multiplicam, se trançam, se combinam, tentando fazer um único assalto: o importante é deixá-las se neutralizarem reciprocamente. Porisso, não leve nada a sério, não ceda. Tudo ocorre para suscitar novas forças.
O espírito é premente no humano: o pensamento empurra as forças mais altas na alma. A intensidade do pensamento se torna penetração do Espiritual na surdez da natureza psico-física. Esta penetração do Espírito è uma vitória contínua do pensamento sobre si mesmo: a necessidade de uma contínua, heróica, autosuperação.
Cada ser que iniciou a viagem de volta em direção à Luz criadora, deve ter como guia a música da lembrança, o eco do Reino que deve reencontrar. Deve reencontrar a direção correta, além do amontoar-se das coisas adversas, das pequenas maldades, que é necessário saber juntar para vê-las como um nada, ou seja como o símbolo daquilo que deve ser destituído de conteúdo. O símbolo daquilo que deve ser superado. Mas às vezes è tão denso o ajuntamento das barreiras que é necessário ser rápido no contemplar e dissolver. Nada é verdade: deve ser reencontrado o nível mais alto. Tudo é um jogo diante do Eu que se encontra centro do Divino no mundo. Dissolver com o pensamento o Mal para que dele surja o Espírito encarcerado no horror. Este é o primeiro movimento da alma que quer encontrar a alma do mundo.
MASSIMO SCALIGERO
(de uma carta a um discípulo em janeiro de 1973)

Biografia (tradução em breve)

D
Massimo Scaligero, pseudonimo di Antonio Massimo Sgabelloni (Veroli, 17 settembre 1906 – Roma, 26 gennaio 1980), è stato un filosofo ed esoterista italiano.

Formatosi agli studi umanistici, li integrò con una conoscenza logico-matematica e filosofica, e con una pratica empirica della fisica. Attraverso studi ed esperienze personali individuò le linee direttive di una realtà originaria del pensiero per dimostrare l'inanità discorsiva della dialettica. Studioso di Nietzsche, di Stirner e di Steiner, approdò attraverso lo Yoga e lo studio delle Dottrine Orientali ad una sintesi personale che gli diede modo di riconoscere in Occidente il senso riposto dell'Ermetismo e il filone aureo di un insegnamento perenne, riconducente alla “Fraternitas” dei Rosacroce.

Fu fra i maggiori prosecutori delle idee di Rudolf Steiner e contribuì a far conoscere e diffondere in Italia la Scienza dello Spirito. Elemento essenziale del contributo di Scaligero all'antroposofia è l'indicazione costante della Via del pensiero come attitudine teorica e pratica dello sviluppo della personalità di ciascuno - quindi dell'Io – che egli, nell'opera Tecniche della concentrazione interiore descrive così: "L'uomo conosce e in qualche modo domina il mondo, mediante il pensiero. La contraddizione è che egli non conosce né domina il pensiero. Il pensiero permane un mistero a se stesso. La filosofia, la psicologia, traggono alimento da esso, ma, da quando esistono, non mostrano di aver afferrato il senso del suo movimento, il contenuto ultimo del processo logico, del quale si giovano per le loro strutture dialettiche. Ritengono che il pensiero sia la dialettica, coincida con la dialettica: nasca e finisca come dialettica. Ai fini del Sapere, l'oggettività esteriore sorge come sistema di valori nella coscienza umana, ma questa ignora di istituire il fondamento di quella e di determinare l'oggettività come concetto, prima della consapevolezza dialettica del concetto medesimo. Logicamente, l'uomo sa che cosa è un concetto, ma ignora che cosa esso sia come forza e come nasca e quale il suo potere di compimento nel reale: che è più che il suo apparire dialettico e logico: il potere medesimo della vita".

Sull'esempio di Rudolf Steiner, egli fece della propria esistenza testimonianza vivente della sua interiore, cristica scelta spirituale, consacrandosi all'ascesi del pensiero da un lato ed all'aiuto continuo, costante e discreto di tutti coloro che gli si rivolgevano per i più diversi problemi.

Negli ultimi venti anni della sua vita teneva regolarmente riunioni presso una casa romana. I resoconti di questi incontri, che si sviluppavano su temi posti dalle domande dei presenti, sono pubblicati sulla rivista Graal (ed. Tilopa), e cominciano ad apparire anche sul Web, persino in formato video su siti come YouTube.

Egli ribadì sempre che il contenuto perenne, essenziale, spirituale della Tradizione non va confuso con la sua forma, che si modifica di epoca in epoca. A tal riguardo, leggiamo, nell'introduzione al suo libro Tradizione Solare: «L'uomo moderno non può più avvalersi delle tecniche ascetiche del passato, yogiche, esoteriche o mistiche. Quelle tecniche si basavano sulla memoria o nostalgia del Divino che era visto “al di sopra” del mondo, perciò esse aiutavano l'asceta antico a liberarsi dall'esperienza dei sensi. Grazie a un lungo percorso interiore, sorto parallelamente in Oriente con il Buddha e in Occidente con Socrate, fino all'affermazione del pensiero fisico-matematico moderno, oggi l'uomo può sperimentare nella propria interiorità che la forza formatrice del concetto, la stessa che connette pensiero a pensiero, è il principio spirituale della sua autocoscienza. Il riconoscimento del potere di obiettività del pensiero, libero dalle limitazioni dei sensi e dal karma, è il primo passo dell'ascesi dei nuovi tempi».


Sino al 1978 fu direttore responsabile della rivista East and West, organo dell'Istituto per il Medio ed Estremo Oriente (IsMEO – dal 1996 IsIAO: Istituto Italiano per l'Africa e l'Oriente), fondato dal filosofo Giovanni Gentile e dall'orientalista Giuseppe Tucci.

Opere:
Iniziazione e Tradizione (Roma, Tilopa, 1956)
Avvento dell'uomo interiore. Lineamenti di una tecnica dell'esperienza sovrasensibile (Firenze, Sansoni, 1959)
Trattato del pensiero vivente. Una Via oltre le filosofie occidentali, oltre lo Yoga, oltre lo Zen (Milano, Feriani, 1961)
La Via della volontà solare. Fenomenologia dell'Uomo Interiore (Roma, Tilopa, 1962)
Dell'amore immortale (Roma, Tilopa, 1963)
Segreti dello spazio e del tempo (Roma, Tilopa, 1963)
La Luce. Introduzione all'Immaginazione Creatrice (Roma, Tilopa, 1964)
Il marxismo accusa il mondo (Roma, Tilopa, 1964)
Magia sacra. Una via per la reintegrazione dell'Uomo (Roma, Tilopa, 1966)
La logica contro l'uomo. Il mito della scienza e la Via del Pensiero (Roma, Tilopa, 1967)
Hegel, Marcuse, Mao. Marxismo o Rivoluzione? (Roma, Volpe, 1968)
Graal. Saggio sul Mistero del Sacro Amore (Roma, Perseo, 1969)
Rivoluzione. Discorso ai giovani (Roma, Perseo, 1969)
Lotta di classe e karma (Roma, Perseo, 1970)
Yoga, meditazione, magia (Roma, Teseo, 1971)
La tradizione solare (Roma, Teseo, 1971)
Dallo yoga alla Rosacroce (Roma, Perseo, 1972)
Manuale pratico della meditazione (Roma, Teseo, 1973)
Il Logos e i nuovi misteri (Roma, Teseo, 1973)
Psicoterapia. Fondamenti Esoterici (Roma, Perseo, 1974)
Tecniche della concentrazione interiore (Roma, Edizioni Mediterranee, 1975)
Guarire con il pensiero (Roma, Edizioni Mediterranee, 1975)
Reincarnazione e karma (Roma, Edizioni Mediterranee, 1976)
L'uomo interiore. Lineamenti dell'Esperienza Sovrasensibile (Roma, Edizioni Mediterranee, 1976)
Meditazione e miracolo (Roma, Edizioni Mediterranee, 1977)
Il pensiero come antimateria (Roma, Perseo, 1978)
Kundalini d'occidente. Il centro umano della potenza (Roma, Edizioni Mediterranee, 1980)
Iside Sophia. La Dea ignota (Roma, Edizioni Mediterranee, 1980)
Zen e Logos (Roma, Tilopa, 1980)
Il sorriso degli Dei (Roma, Tilopa, 1986)
La pietra e la folgore (Roma, Tilopa, 1988)

(fonte:wikipedia)

terça-feira, 1 de maio de 2012

Para que o homem verdadeiro seja

Tradução livre do texto “Perché l’uomo vero sia” de Massimo Scaligero, de uma carta de 1977 a um discípulo.
Publicada no “L’Archetipo” de abril de 2012, revista mensal de inspiração antroposófica – presente em www.larchetipo.com

Hoje uma grande calma, vasta, dominante, consubstancial,compenetrante de todo o ser: vem de um perdão absoluto de tudo, de uma não reação de acusação a tudo, de uma bondade lógica para com tudo, de uma justificativa radical de tudo.
A grande calma, ou seja, a verdadeira cura, é o resultado do absoluto domínio do corpo astral, da cessação do seu movimento inevitavelmente luciférico e portanto arimânico.
É o verdadeiro ser, do qual floresce a ulterior vida do homem, que vai se separando da natureza má, para que o homem verdadeiro seja. Formas humano-animais evoluirão em direção ao materialismo e aprisionarão as almas que não se abriram ao Espírito. Poderá acontecer também que as almas tenham se livrado e que aquelas formas sejam simplesmente uma veste humana-animal sem conteúdo.Tudo se prepara agora sob o signo da Grande Busca Pelo Graal, decisiva para a escolha final.
É portanto a hora da vontade pura, da vontade que nasce como oferta espiritual, porque esta é a sua real natureza: errando o objeto do oferecimento, de forma obtusa se torna desejom mas este também é um sacrifício onde existe alegria, mas é uma alegria impura. É necessário devolver ao querer o objeto puro, o objeto verdadeiro de seu doar-se absoluto. A vontade é verdadeira quando se torna sacrifício, oferta absoluta de si.
A vontade é na realidade Amor. Quem reconquista a vontade pode verdadeiramente amar. É tudo agora, presente, assim como a meditação direcionada ao mundo mas que emana da Essência do mundo, isto é do Logos. E este é o segredo que continuamente opera o prodígio da superação do mal no mundo, que é a transformação do mal no bem. O mal não existe, existe somente um bem distorcido. Está presente como caminho curador do mundo a essência do pensamento que contempla o mal do mundo e trabalha na sua redenção. E é ainda mais uma vez a força íntima do Amor do pensamento que a quer. Uma vitória necessária é a absoluta extinção da maya da mesquinhez cotidiana dos seres senscientes ao redor, a absoluta intocabilidade das ondas malédicas: a certeza de uma ordem superior do karma e do Logos, que regula tudo.
Não sermos arranhados e nem sequer tocados, mas ir de encontro a tudo com a confiança do Logos que move o Logos. É necessário sempre superar a barreira na forma que continuamente muda: é sempre a mesma barreira. No signo da elevação e da vitória sempre o impulso da doação socorredora que supera qualquer obstáculo da Terra e do Céu.