domingo, 13 de maio de 2012

Biografia

Massimo Scaligero, pseudônimo de Antonio Massimo Sgabelloni (Veroli, 17 de setembro de 1906 - Roma, 26 de janeiro de 1980) foi um filósofo e ocultista italiano.

Formado em ciências humanas,as integrou com um conhecimento lógico-matemático e filosófico, e com uma física prática e empírica. Através de estudos e experiências pessoais identificou as diretrizes de uma realidade original de pensamento para demonstrar a futilidade do discurso dialético. Estudante de Nietzsche, Stirner e Steiner, chegou através do Yoga e do estudo de doutrinas orientais, a uma síntese pessoal que lhe deu oportunidade de reconhecer no Ocidente o significado oculto do Hermetismo e a importancia de um ensinamento perene,que conduz à “Fraternitas” dos Rosacruzes.

Foi um dos maiores seguidores das idéias de Rudolf Steiner e ajudou a aumentar a conscientização e disseminação na Itália da Ciência do Espírito. Um elemento essencial da contribuição de Scaligero para a Antroposofia é a indicação constante do Caminho do Pensamento como uma atitude teórica e prática para o desenvolvimento da personalidade de cada um -,portanto do Eu - que ele, na obra “Técnicas de concentração interior” descreve assim: "O homem conhece, e de alguma forma domina o mundo através do pensamento. A contradição é que ele não conhece nem domina o pensamento. O pensamento permanece um mistério em si mesmo. A filosofia, a psicologia, são alimentadas por ele, mas, desde quando existem, não parecem ter entendido o significado de seu movimento, o conteúdo final do processo lógico, do qual usufruem para as suas estruturas dialéticas. Elas acreditam que o pensamento seja a dialética, coincida com a dialética nasça e termine como dialética. Para efeitos de conhecimento, a objetividade exterior surge como um sistema de valores na consciência humana, mas esta esquece de estabelecer o fundamento daquela e determinar a objetividade como conceito, antes de ter a consciência dialética deste conceito. Logicamente, o homem sabe o que é um conceito, mas ignora o que ele seja como força e e como nasça e qual o seu poder de realização no real: o que é mais do que seu aparecer na lógica dialética: é o próprio poder da vida "

Seguindo o exemplo de Rudolf Steiner, fez da própria existência testemunho vivo de sua interior, Crística escolha espiritual, consagrando-se à ascese do pensamento por um lado e por outro, a ajuda contínua, coerente e justa para com todos aqueles que o procuravam para pedir ajuda com os mais diversos problemas.

Nos últimos vinte anos de sua vida, ele manteve reuniões regulares em uma casa romana. Os relatos desses encontros, onde se desenvolviam temas referentes as questões levantadas pelos presentes, estão sendo publicados na revista Graal (Tilopa editora, Italia), e começam a aparecer também na Web, até mesmo em sites de vídeo como o YouTube.

Ele sempre insistiu que o conteúdo perene, essencial, espiritual da Tradição não deve ser confundido com a sua forma, que muda de época para época. A este respeito, lemos na introdução de seu livro "Tradição Solar": "O homem moderno não pode mais contar com as técnicas ascéticas do passado, sejam de yoga, místicas ou esotéricas. Essas técnicas se baseavam na memória ou nostalgia do Divino, que era visto "acima" do mundo, de modo que ajudavam o asceta antigo a se libertar da experiência dos sentidos. Graças a um longo percurso interior, surgido paralelamente com o Buda no Oriente e no Ocidente com Sócrates, até a afirmação do pensamento matemático-físico moderno, hoje o homem pode experimentar em sua própria interioridade que a força formativa do conceito, a mesma que conecta pensamento a pensamento, é o princípio espiritual da sua auto-consciência. O reconhecimento do poder de objetividade do pensamento, livre das limitações dos sentidos e do karma, é o primeiro passo do ascetismo dos novos tempos.”

Até 1978 ele foi editor da revista "Oriente Ocidente" e membro do Instituto para o Oriente Médio e Extremo (IsMEO - desde 1996 IsIAO: Instituto Italiano para a África e Oriente), fundado pelo filósofo Giovanni Gentile e pelo orientalista Giuseppe Tucci.


(fonte: wikipedia )

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